UMA VEZ DINÂMICA, SEMPRE DINÂMICA

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UMA VEZ DINÂMICA, SEMPRE DINÂMICA

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

domingo, 30 de outubro de 2011

ATIVIDADES DE SALA DE AULA/TURMA PICA-PAU AMARELO

                       VAMOS CURTIR A  LAGARTINHA NA FOLHINHA



VAMOS PINTAR..........
                                         
                                                           VAMOS ESCREVER


                                               
                                                      HIGIENE DO NOSSO CORPO
                                       

sábado, 29 de outubro de 2011

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

PROJETO ANIMAIS DA FAZENDA /CONTINUAÇÃO

                               TURMA: PICA PAU AMARELO
  
 Meu pintinho amarelinho, está aqui na minha mão, na minha mão....





DIA DO BRINQUEDO.... QUE DELICIA!






AULA DE ARTES: TÉCNICA TALL PAINTING


Tall painting, a arte da pintura “escorrida”
12/02/2011 @ 15:27





Holton Rower, um artista plástico novaiorquino, se tornou especialista em pintura “escorrida”, chamada por ele de Tall painting. A ideia é incrível e muito simples: despeja-se tinta pura em diferentes cores, deixando escorrer por cima e por fora das peças de arte, e vai-se incluindo outras camadas por cima

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

ARTIGOS INTERESSANTES


Birra e castigo
Tatiana Malheiros Assumpção
Poucas coisas conseguem por à prova a paciência e a tranqüilidade dos pais como a birra dos filhos. Não é raro ver situações em que os adultos parecem tão perdidos e descontrolados quanto as crianças. Mas, afinal...

O que é a birra?

A birra, ou raiva passageira, é uma forma imatura de expressar ira ou aborrecimento. Geralmente, manifesta-se através de choro, gritos, pontapés nos móveis, cabeçadas na parede... As crianças ficam vermelhas e depois roxas, chegam a perder o fôlego. Não é nada fácil continuar calmo com um escândalo desses!
Apesar de incômodas, as birras fazem parte do desenvolvimento normal, estando presentes, principalmente, na fase que vai de uma a três ou quatro anos de idade. Na idade escolar, elas já devem ter desaparecido ou ser bastante raras. Obviamente, há diferenças entre as crianças, segundo seu temperamento, sendo que algumas são mais sossegadas que outras. No entanto, uma criança quieta e tranqüila demais é mais motivo de preocupação que outra, que faz birras de vez em quando.

1. Quais são seus motivos?

O surgimento das birras está ligado a processos de autonomização das crianças, ou seja, ao fato de que elas, conforme crescem, vão se tornando mais independentes. O problema é que isso começa a ocorrer num período em que elas ainda são muito pequenas e não podem tomar decisões e cuidar-se sozinhas, levando à vivência de muitas frustrações.
As crianças querem fazer tudo, mexer em tudo, pedir tudo e não podem, por suas próprias limitações. Além disso, os pais devem impedi-las de uma porção de coisas, que não devem ou não podem fazer. Tudo tem seu tempo, mas elas ainda não são capazes de entender isso. Ao contrário dos adultos, as crianças ainda não conseguem adiar um prazer para depois ou esperar para concretizar seus desejos. Querem tudo para já! Isso acontece porque elas ainda não têm a noção de tempo e de futuro, tornando a espera em algo muito difícil. Conforme elas vão crescendo e esse desejo de "quero tudo agora" vai sendo superado, as birras vão diminuindo gradualmente.
Também não se pode esquecer que muitos daqueles que são descritos como maus comportamentos são, na verdade, atitudes que contrariam as idealizações dos pais.

2. Como lidar com a birra?

Para começar, deve-se ensinar as crianças que a birra não funciona e que os pais não mudarão de opinião por causa delas. Por volta dos três anos de idade, já se pode começar a ensinar as crianças a expressar seus sentimentos com palavras, já que sentir raiva é normal, mas devemos expressa-la de forma apropriada. (Dizendo, por exemplo, "você está com raiva porque...").
Quando ele conseguir se controlar, expressando-se corretamente e mostrando-se disposto a cooperar, elogie-o! Não se pode esquecer que todos, as crianças inclusive, gostam de ser reconhecidos em seus esforços e sucessos!
Os critérios de certo e errado também devem ser estáveis e coerentes, para que a criança possa saber exatamente o que pode ou não fazer. Se os pais não conseguem concordar entre si quanto às normas para os filhos, ou se mudam de idéia conforme seu humor, a criança ficará sempre insegura e com medo, sem nunca saber a quais regras deve obedecer. Educa bem quem usa bem as palavras e os atos, acompanhados de "olho no olho" e silêncios cheios de sentido; acertam na educação dos filhos os pais que sabem escutar. Pais que usam palavras vazias e que fingem ser "o amigão", abrindo mão de sua autoridade de pais podem estar cometendo uma "fraude educativa". Castigos e punições excessivos, como também prêmios sem merecimento, podem causar um efeito negativo na formação das crianças.
O melhor a fazer é prevenir, tomando as precauções possíveis para que as crises não ocorram. Muitas crianças tendem a fazer mais pirraças quando estão muito cansadas ou animadas, com fome ou doentes, pois tornam-se menos capazes de enfrentar situações frustrantes. Assim, evitar que a criança fique muito cansada ou excitada faz com que seja possível controlar melhor suas emoções. Interromper ou mudar atividades que sejam muito complexas para ela também ajuda, pois impede que se frustre por não conseguir fazer o que quer.

LEMBRE-SE: O processo educacional deve ser de caráter preventivo e contínuo (e não apenas sermões e surras na hora das crises). Mas nem sempre a prevenção funciona.

Nesse caso, o melhor é começar pelo que não fazer. Os pais devem ser um bom modelo de auto-controle, sem perder a calma, sem gritar e sem bater na hora de lidar com as birras dos filhos. Muitas vezes, o mais difícil quando se enfrenta uma criança muito irritada é controlar a própria raiva. (E há pais que acabam fazendo "pirraças de adultos" em resposta às birras dos filhos!).
Também não se deve ceder, pois então a criança pode encontrar nas birras um modo de conseguir tudo o que quer, tornando o comportamento cada vez pior. As explicações podem ser oportunas, mas apenas depois que a crise passar. Tentar explicar qualquer coisa durante um ataque de raiva é perda de tempo.
Sabido o que não fazer, vamos passar agora ao que pode ser feito, uma vez que as birras já estejam em andamento:
Apoiar e estimular a criança que faz birra por frustração ou cansaço: se a criança não consegue fazer algo (por exemplo, um jogo mais complexo ou o dever de casa), o melhor é demonstrar compreensão e oferecer ajuda. Levar uma bronca porque não conseguiu resolver o problema de matemática só piora a decepção da criança consigo mesma.
Não dar importância para as birras motivadas pelo desejo de chamar a atenção ou conseguir algo: enquanto a criança continuar no lugar e não apresentar comportamento destrutivo, pode-se deixá-la fazer pirraça tranqüilamente. Muitas vezes, se vence pelo cansaço. Expressar seu desagrado com palavras, sem perder o controle e sem discutir, e mudar de cômodo também ajudam. Depois que a crise passar, deve-se assumir uma atitude amistosa e normalizar as coisas. (Lembre-se: birra de adulto só piora o problema!).
Arrastar fisicamente a criança que tem uma birra porque não quer fazer algo importante: se a criança se nega a fazer algo sem importância, como tomar um lanche ou descansar na cama ao invés do sofá, ignore o problema antes que aconteça a birra. Por outro lado, se a criança se recusar a fazer algo importante, como ir para a escola ou deitar-se para dormir, obrigue-a a cumprir o dever e ignore as birras. Avisar alguns minutos antes que tal ou qual coisa deverá ser feita pode evitar algumas crises, mas se a birra começou, deixe que se estenda por dois ou três minutos e leve a crianças para onde tem que ir, mesmo que seja necessário puxá-la pelos braços (sem violência).
Utilizar castigos temporários se a criança tem comportamentos perturbadores ou destrutivos, lembrando sempre que os castigos devem ter por objetivo dar normas e limites a ela: levar a criança para seu quarto e mandar que fique lá por alguns minutos (três a cinco) serve como punição para comportamentos inaceitáveis (como agressão física ou destruição de objetos da casa).
Dominar a criança quando ela tiver birras que possam causar danos ou machucar alguém: se a criança perder o controle totalmente, pode ser necessário contê-la fisicamente (a melhor forma é segurando-a por trás, mantendo seu corpo em contato com as costas dela e os braços ao redor de seu corpo, segurando os dela). Deve-se fazer isso também quando a criança corre o risco de se machucar (por exemplo, quando se joga violentamente para trás), mantendo-a no colo até que ela se acalme e comece a relaxar.
Se as birras acontecem em locais públicos, o melhor a fazer é agir como em casa: levar a criança para um canto e esperar que se acalme. A prevenção também funciona, evitando levar a criança a situações que ela não é capaz de suportar (um dia de compras muito longo, por exemplo) e procurando distraí-la enquanto se faz outra atividade.

3. E as famosas palmadas?

Embora um tapa e um espancamento sejam diferentes, o princípio que rege os dois tipos de atitude é exatamente o mesmo: utilizar a força, o poder e o medo para conseguir alguma coisa. No caso das crianças, que obedeçam alguma ordem ou que interrompam um comportamento inadequado ou uma crise de birra. O problema é que bater em crianças pode resolver o problema no momento, mas é um ótimo jeito de criar monstrinhos no futuro.
Uma surra pode ter um efeito imediato, mas a longo prazo a criança voltará a ter o mesmo comportamento anterior. Afinal, o fato de dar um tapa ou uma surra por causa de um comportamento errado não fará com que o comportamento certo apareça. A criança precisa ser ensinada a fazer o que é certo, através de explicações e conversas. Muitas vezes, a criança faz algo de errado sem saber que aquilo não podia ser feito.
Na verdade, muitos pais preferem a surra porque é mais fácil e toma menos tempo que uma conversa, além de fazer com que a criança pare imediatamente de ter o mau comportamento (afinal, dor e choro são incompatíveis com qualquer outra atividade). Mas, como já foi visto, essa interrupção é apenas temporária, enquanto a dor (ou sua lembrança) estiver lá e a pessoa que deu o castigo estiver por perto.
O castigo físico provoca reações emocionais, como medo, choro e ansiedade, que podem aparecer em outras situações que não as de punição. Se as surras forem muito intensas ou freqüentes, essas respostas emocionais podem se tornar parte da personalidade dessas crianças, prejudicando-as para o resto de suas vidas. Além disso, a palmada não resolve os conflitos entre pais e filhos e pode piorar cada vez mais as relações, pois em vez de pensar no que fez, a criança fica com raiva de quem a agrediu e perde a confiança nos pais, que é a base para que ela se sinta amparada e segura em sua vida.
Por outro lado, a criança pode aprender que é através da agressão física que se consegue o que se quer, passando a apresentar condutas agressivas em casa e na escola e a esconder tudo o que fizeram com medo da punição.
Outras conseqüências negativas do castigo físico contra crianças são:
- Auto-estima negativa
- Comportamento agressivo
- Dificuldades de relacionamento
- Dificuldades em acreditar nos outros
- Infelicidade generalizada
- Mau desempenho na escola

4. E se a birra não for normal?

Apesar de tudo, existem situações em que as birras saem do controle e as medidas que discutimos são ineficazes ou insuficientes. Nesse caso, é necessário um auxílio profissional (de médicos ou psicólogos), que estejam habilitados a atender crianças no seu dia a dia.
Deve-se procurar ajuda se:
- A criança se machucar ou machucar os outros durante as birras
- As birras ocorrerem cinco ou mais vezes por dia
- As birras também acontecerem na escola
- A criança tiver vários outros problemas de comportamento
- Algum dos pais (ou cuidadores) também tiver episódios de raiva, gritos ou agressividade e não conseguir se controlar
- As recomendações contidas neste folheto não surtirem efeito em duas semanas
- Restarem outras dúvidas ou preocupações.


Tatiana Malheiros Assumpção - Psiquiatra da Infância
Projeto Distúrbios do Desenvolvimento - PPD - do Laboratório de Saúde Mental do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP)
Site do PDD: http://disturbiosdodesenvolvimento.yolasite.com


Epilepsia: derrubando alguns estigmas
Dr. Paulo Breno Noronha Liberalesso
A história da epilepsia é longa assim como são numerosas as crenças e superstições a ela relacionadas. Não se sabe com certeza de quando data a primeira descrição sobre crises epilépticas, mas provavelmente de 2.000 ou 3.000 anos a.C., sendo atribuída aos Sumérios.
Os romanos acreditavam que a influência dos astros celestes, em particular da lua, era de fundamental importância para determinar quem desenvolveria epilepsia, e por esse motivo, estes indivíduos na Roma Clássica eram chamados “lunáticos”. Na mesma época, os romanos acreditavam também que a epilepsia era uma doença contagiosa e que os doentes deveriam ser mantidos em locais afastados com o objetivo de proteger a população geral. Frequentemente, estas pessoas eram impedidas de entrar em templos e igrejas sob a justificativa de que poderiam “profanar e contaminar” aquele lugar santo.

O termo epilepsia foi criado pelos gregos, significando ipsis literi “surpresa”, uma vez que as crises epilépticas têm como característica fundamental ocorrer sempre de forma súbita e inesperada.
Embora a epilepsia seja uma doença de ocorrência mundial, independente do sexo, raça, idade e condição social, sabidamente países em desenvolvimento (como o Brasil) apresentam incidência mais alta quando comparados aos países desenvolvidos. Dados recentes apontam incidência nos Estados Unidos e alguns países da Europa ao redor de 40 a 50 casos de epilepsia em cada 100.000 habitantes por ano. Mesmo sem dados precisos, estima-se que em países com condições sócio-econômicas semelhantes ao Brasil a incidência gire em torno de 130 a 190 casos de epilepsia em cada 100.000 habitantes por ano. Estes números demonstram, sem sombra de dúvida, que a epilepsia é a mais freqüente de todas as doenças neurológicas crônicas graves.
Do ponto de vista social a epilepsia é considerada uma doença de grande importância por sua elevada incidência. Embora se estime que economicamente esta doença represente significativo impacto aos doentes e ao governo, não temos dados brasileiros confiáveis sobre os custos diretos (gastos diretamente relacionados com a doença, como medicamentos, consultas médicas, gastos hospitalares) e indiretos (redução da produtividade no trabalho, diminuição na expectativa de vida, aumento de aposentadorias precoces) relacionados a esta doença.
Convivendo diariamente com pacientes, adultos e crianças, com epilepsia percebemos que o maior problema enfrentado por estas pessoas é a falta de informações de boa qualidade. Velhas e falsas crenças a respeito da origem da doença, do diagnóstico e do tratamento permanecem até os dias atuais. A seguir vamos citar algumas das mais freqüentes dúvidas que ouvimos praticamente todos os dias nos consultórios de neurologia.

Epilepsia é uma doença transmissível?
Absolutamente não. A epilepsia é uma doença provocada por uma disfunção elétrica no cérebro, podendo decorrer de alterações genéticas ou de lesões cerebrais ocorridas em qualquer momento da vida como, por exemplo, após traumatismos cranianos graves, meningites ou tumores cerebrais.

É comum pessoas morrerem durante uma crise epiléptica?
Não, é raro que alguém morra durante uma crise epiléptica. A maior parte dos indivíduos que morrem nesta circunstância não morre devido diretamente à crise e sim pelas complicações relacionadas a ela como, por exemplo, no caso de acidentes com queda de altura, atropelamento, afogamento etc. É claro que crises epilépticas muito prolongadas, particularmente aquelas com duração superior a 30 minutos, podem provocar danos cerebrais graves e irreversíveis, mas mesmo nestes casos é pouco freqüente que cheguem a provocar a morte.

Pessoas em crise convulsiva podem “engolir a língua” e se a asfixiar?
Este é provavelmente um dos principais mitos relacionados à epilepsia. A língua é um músculo de nosso corpo como outro qualquer e assim como os demais músculos se contraem durante uma convulsão, o mesmo vai ocorrer com a língua dando a impressão que o paciente está “engolindo a língua”. Contudo, este músculo está firmemente preso ao assoalho da boca e não se soltará jamais durante uma crise. Por esse motivo, é absolutamente contra-indicado se puxar a língua do paciente para fora durante uma crise, assim como também não se deve jamais introduzir qualquer objeto e nem água na boca do paciente neste momento.
O que é disritmia cerebral?
Este termo foi introduzido entre as décadas de 1920 e 1930 na Europa e nos Estados Unidos como sinônimo de epilepsia, com o objetivo de evitar o uso do termo “epilepsia”, pois naquela época esta era considerada uma doença muito estigmatizante. Contudo, com o passar dos anos o termo “disritmia cerebral” foi se descaracterizando e passou-se a utilizá-lo como referência a uma série de outras doenças que não a epilepsia. Atualmente, o termo “disritmia cerebral” perdeu completamente seu sentido original, não devendo mais ser utilizado.

Pessoas com epilepsia podem fazer exercícios?
Sim, pessoas portadoras de epilepsia com suas crises controladas podem realizar exercícios físicos de qualquer natureza. As exceções são os esportes de altura (asa delta, alpinismo, montanhismo, pára-quedismo) e os esportes aquáticos em ambientes abertos (rios, lagos, mar) devido os riscos evidentes de se ter uma crise convulsiva nestas circunstâncias. Natação em piscina e sob a supervisão de alguém apto a socorrer se necessário é liberada para crianças e adultos epilépticos. Crianças com epilepsia controlada podem e devem ser estimuladas a participar das aulas regulares de educação física nas escolas.

Gardenal deve ser evitado, pois é um medicamento “muito forte”?
Não existem medicamentos para epilepsia fortes e outros fracos. Para cada tipo de crise epiléptica há um medicamento mais específico. Quanto ao Gardenal, ele continua sendo a medicação para epilepsia mais utilizada em todo o mundo. Por ser um medicamento desenvolvido há muitos anos, suas propriedades farmacológicas e seus efeitos colaterais são bem conhecidos por todos os médicos o que aumenta muito a segurança de seu uso. Além de ser um medicamento altamente eficaz no controle das convulsões, o Gardenal tem baixo custo, o que é um fator muito importante nos países em desenvolvimento como o Brasil. Nas crianças pequenas, sobretudo naquelas com menos de 1 ano de idade, o Gardenal é, na grande maioria das vezes, o medicamento mais correto para o tratamento das convulsões.

Pessoas com epilepsia sempre tem algum problema mental?
Não, a epilepsia não tem necessariamente associação com problemas mentais, psiquiátricos ou de comprometimento da inteligência. É claro alguns indivíduos, principalmente as crianças com doenças neurológicas graves como a paralisia cerebral e malformações cerebrais extensas, podem ter associadamente epilepsia e desordens psiquiátricas, mentais e rebaixamento intelectual. Mas essa não é a regra.

Pessoas com epilepsia podem dirigir?
Em muitos países do mundo, inclusive no Brasil, já há regulamentação a respeito desse assunto. Embora ainda seja tema polêmico, alguns critérios devem ser considerados no momento de conceder a habilitação para condução de veículos nestes casos. Inicialmente, é importante que as crises epilépticas estejam plenamente controladas, que o paciente esteja fazendo uso regular da medicação antiepiléptica e que haja um parecer favorável do médico que assiste o paciente. Estatísticas internacionais demonstram que, obedecendo a estes critérios citados, o risco de um indivíduo epiléptico se envolver em um acidente com veículo automotor por conta diretamente de uma crise convulsiva é muito pequeno. Casos especiais devem ser analisados individualmente como, por exemplo, a concessão da habilitação para conduzir veículos não considerados de passeio, como máquinas de maior porte e veículos de transporte de passageiros.
Por fim, é muito importante que indivíduos com epilepsia e seus familiares informem-se o máximo possível a respeito desta doença. A informação de boa qualidade, além de facilitar o correto entendimento da doença, diminui os inúmeros preconceitos ainda tão freqüentes em nossa população.
Dr. Paulo Breno Noronha Liberalesso - Especialização em Pediatria e Neurologia Infantil. Pós-graduação em Epileptologia. Mestrado em Neurociências. Doutorando em Distúrbios Neurológicos da Comunicação. Chefe do Laboratório de EEG Digital do Hospital da Cruz Vermelha Brasileira/PR.

Fonte: www.neuropediatria.org.br




Morte súbita e a posição para o bebê dormir
Bruno Rodrigues

Regularmente surgem notícias de bebês que morrem de repente enquanto dormem em alguma creche ou berçário pelo país. Negligência dos profissionais que cuidam desses bebês? Nem sempre. A Síndrome da Morte Súbita pode ser a causa dessas mortes.
A morte súbita em bebê não tem causa definida e ocorre durante o sono. O diagnóstico é feito quando não há outra explicação para a morte. É realizado por exclusão. A síndrome da morte súbita é um dos maiores fatores de morte no primeiro ano do bebê.
Profissionais da área de saúde analisam a ligação entre o modo como o bebê dorme e casos de morte súbita durante o sono.
Uma campanha lançada pela Pastoral da Criança, estruturada por uma pesquisa realizada na cidade de Pelotas e por campanhas e pesquisas internacionais, como EUA e Inglaterra, diz que colocar o bebê para dormir de barriga para cima diminui em 70% a morte súbita no bebê.
Isso tem explicação: o bebê que dorme de lado ou de bruços respira o mesmo ar que expira, isto é, o bebê inala um ar rico em gás carbônico e pobre em oxigênio, realizando uma asfixia, onde o bebê fica sem oxigênio podendo chegar ao óbito.
Os adultos também passam por isso, mas diferentemente dos bebês, os adultos mudam de posição quando ficam sem oxigênio suficiente. Por isso, a maior parte das mortes súbitas acontecem em bebês de 2 a 4 meses, podendo ocorrer desde o nascimento até por volta do primeiro ano.
A questão sobre o modo ideal de colocar a criança para dormir é controversa. Muitas mães têm medo de colocar o bebê dormindo de barriga para cima, pois podem engasgar com o próprio vômito.
No entanto, Cesar Victora - doutor em Epidemiologia, pesquisador da Universidade Federal de Pelotas e coordenador do Comitê de Mortalidade Infantil da cidade de Pelotas - ressalta que é preferível o bebê estar sujeito a sofrer engasgamento do que correr risco de morte.
Ao engasgar, o bebê tem o reflexo da tosse, que logo chama a atenção dos pais. Já inalando um ar rico em gás carbônico, o bebê está sujeito a morrer “silenciosamente”.

Como evitar riscos
Além de inalar o ar que expira, outros fatores podem ser causa da morte súbita, como:
- o superaquecimento do bebê. Por isso evite agasalhar demais o seu bebê na hora de dormir
- deixe o bebê com os bracinhos para fora das cobertas para que não deslize e fique debaixo das cobertas
- evite deixar no berço bichos de pelúcia, paninhos, almofadas, travesseiros ou outros brinquedos. Isso pode sufocar o bebê durante o sono.
- exposição do bebê ao fumo ou fumaça do cigarro durante a gestação e depois do nascimento. Os bebês de mães que fumaram durante a gestação têm três vezes mais riscos de morte súbita do que os bebês de mães não fumantes.
- nascimento prematuro ou baixo peso ao nascer
- dormir na mesma cama que os pais ou outras pessoas.
- o não aleitamento materno. O leite materno é digerido facilmente pelo organismo do bebê evitando, e muito, a regurgitação.

Opiniões distintas - A afirmação de que é melhor os bebês dormirem de barriga para cima ainda não é consensual entre os pediatras, mesmo que pesquisas indiquem que dormir nessa posição diminui os riscos de morte súbita.
Muitos afirmam que dormir na posição de lado ainda é melhor em alguns casos, como, por exemplo, os bebês que tenham refluxo gastroesofágico. Além de dormir lateralmente, o berço deve estar inclinado entre 15 e 30° na parte do tronco e posição lateral. Essa posição tende a esvaziar mais rapidamente e eficazmente o estômago do bebê, evitando a regurgitação e sufocação.
A posição lateral deve ser bem posicionada para que o bebê não vire para a posição bruços, essa posição, sim, tem maiores risco de sufocação e asfixia.
Outro argumento dos pediatras que não concordam com a posição de barriga para cima, justificando que a causa da morte súbita é desconhecida, sendo assim precipitado afirmar que apenas mudando a posição do bebê dormir fará tanta diferença.
Portanto, procure um pediatra da sua confiança e converse muito sobre a questão do posicionamento do bebê na hora de dormir e morte súbita e faça o que te deixar segura seguindo as informações do seu médico.





IMPORTÂNCIA DO TEATRO NA ESCOLA



Arte é necessária, é uma linguagem que mostra o que há de mais natural no homem. A arte é baseada numa noção intuitiva que forma nossa consciência. Não precisa de um tradutor, de um intérprete.  Ela se transmite diretamente. E essa capacidade da arte de ser uma linguagem da humanidade é uma coisa extraordinária
Trabalhar com o teatro na sala de aula, não apenas fazer os alunos assistirem as peças, mas representá-las, inclui uma série de vantagens obtidas: o aluno aprende a improvisar, desenvolve a oralidade, a expressão corporal, a impostação de voz, aprende a se entrosar com as pessoas, desenvolve o vocabulário, trabalha o lado emocional, desenvolve as habilidades para as artes plásticas (pintura corporal, confecção de figurino e montagem de cenário), oportuniza a pesquisa, desenvolve a redação, trabalha a cidadania, religiosidade, ética, sentimentos, interdisciplinaridade, incentiva a leitura, propicia o contato com obras clássicas, fábulas, reportagens; ajuda os alunos a desinibirem-se e adquirirem autoconfiança, desenvolve habilidades adormecidas, estimula a imaginação e a organização do pensamento. Enfim, são incontáveis as vantagens em se trabalhar o teatro em sala de aula.

O teatro ajuda no seu desenvolvimento e formação, despertando o desejo pelo conhecimento e por isso que ele deve ser um complemento na educação básica de todo o jovem, pois ele auxilia trazendo a informação e entretenimento de uma forma mais prazerosa e divertida
AULA SOBRE COMPOSIÇÃO DE UM PERSONAGEM









Na realização de cenas dramáticas destaca-se o exercício de fazer de conta, fingir, imaginar ser outro, criar situações imaginárias, etc. São atitudes essencialmente dramáticas criadas pelo homem para desenvolver habilidades, capacidades e provir sua existência. Atuamos todos os dias, em casa, na escola, no trabalho, assumimos papéis sociais constantemente em nossas vidas, como o de pai, mãe, filho, aluno, professor; de acordo com o ambiente, assumimos personagens sociais reais. A atuação é o meio pelo qual nos relacionamos com o outro. O processo dramático é considerado um dos mais vitais para os seres humanos. O objetivo na escola não é ter um aluno-autor, um aluno-pintor ou um aluno-compositor, mas sim dar oportunidades a cada um de descobrir o mundo, a si próprio e a importância da arte na vida humana.